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segunda-feira, 28 de novembro de 2011

MT instalará 1ª usina de etanol à base de milho e cana do País

A Usimat irá investir cerca de R$ 15 milhões na flexibilização da unidade existente. Com isso a empresa espera dobrar o faturamento em dois anos - São Paulo

O Estado do Mato Grosso lançou no último sábado (26) a pedra fundamental do prédio onde será instalada a primeira usina brasileira a processar cana-de-açúcar e milho em um mesmo complexo. Depois da conclusão das obras, prevista para 15 de fevereiro, a Usimat Flex espera dobrar o seu faturamento até 2013.

Localizada na cidade de Campos de Júlio, na microrregião do Parecis, no oeste do Mato Grosso, a Usimat Flex, que processa atualmente 600 mil toneladas de cana, e produz aproximadamente 48 milhões de litros de etanol, deverá investir nas obras para flexibilizar a produção de etanol da usina entre cana e milho, cerca de R$ 15 milhões.

De acordo com o diretor da Usimat Flex, Sérgio Barbieri, em fevereiro e março do ano que vem a planta vai processar as primeiras toneladas de milho. Entre março e dezembro de 2012, a usina voltará a produzir apenas etanol de cana-de-açúcar e, a partir de 2013, passará a processar simultaneamente milho e cana. Barbieri espera recuperar o que investiu na usina em cinco anos com a venda do etanol de milho como combustível automotivo. "Em 2012 nós vamos moer aproximadamente 30 mil toneladas de milho, para produzir 10 milhões de litros de etanol de cana. Iríamos moer mais, mas optamos por começar com menos, e aumentar gradativamente. Em 2013 a ideia é processar 100 mil toneladas de milho, para produzir 40 milhões de litros", garantiu o diretor, relembrando que o projeto, envolveu entidades de toda a cadeia produtiva do milho na região, e conta com a assessoria técnica da Novozymes Latin America, líder mundial na produção de enzimas.

O gerente de Vendas da Novozymes, Mário Cacho, que é quem assessora o projeto, conta que a ideia da usina flex surgiu em meados do ano passado, quando a oferta de milho no Estado do Mato Grosso estava elevada, fato que derrubou os valores do produto a abaixo de R$ 8 por saca. "O cenário era tão crítico que a Associação de Produtores de Soja e Milho do Mato Grosso (Aprosoja) nos procurou para que fizéssemos um estudo, para saber a viabilidade de instalar uma usina de etanol a base de milho no estado", lembrou o executivo.

Depois de realizar alguns estudos, a Novozymes sugeriu uma alternativa diferente à entidade dos produtores: flexibilizar uma usina de cana já existente, para processar milho. "Com isso a usina faria um investimento menor, e as vantagens seriam grandes, já que a sobra de farelo de milho pode ser vendida a industria de ração. A energia necessária viria do bagaço da cana, e a usina poderia alternar optar pelo processamento de milho na entressafra de cana", disse Cacho.

O prefeito de Campos de Júlio, Dirceu Martins Comiran, avalia que a produção de etanol de milho vai ajudar a melhorar os preços do produto aos produtores, e ainda gerar uma ração animal de alto valor proteico para gado de confinamento. "A produção de etanol de milho dará uma nova alternativa de mercado aos produtores de milho do Mato Grosso, que hoje sofrem as consequências do alto custo de escoamento do produto devido à distância dos portos", disse.

Dos oito milhões de toneladas de milho que o Mato Grosso produz por ano, aproximadamente 50% torna-se excedente de produção. Distante cerca de mil quilômetros de Porto Velho e a mais de 2,5 mil quilômetros dos portos de Santos e Paranaguá, o milho da região de Campos de Júlio tem alto custo de transporte. "Hoje, de cada duas safras de milho transportadas, uma vai para pagar o transporte", ressalta o presidente da Aprosoja, Glauber Silveira que estima que cerca de cinco mil produtores serão beneficiados no estado quando usinas como a Usimat entrarem em operação.

Por fim, o diretor da Usimat Flex, Sérgio Barbieri, acredita que o faturamento da empresa pode ultrapassar a casa de R$ 100 milhões em 2013, que representa o dobro dos valores registrados atualmente. Com uma demanda interna superior a 50 milhões de toneladas por ano, o Brasil deve produzir na safra 2012/2013 cerca de 64 milhões de toneladas de milho, somando as duas safras, o que gera um excedente de 14 milhões de toneladas, normalmente para estoque e exportação.

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