Matéria-prima é a segunda mais usada no paÃs para produção de biodiesel. Frio freia avanço no RS
Atrás de alternativas energéticas, o Brasil tirou do anonimato um produto que já foi de baixÃssimo valor comercial: o sebo bovino. Além de matéria-prima para produtos como sabão e sabonete, a gordura processada por graxarias vem sendo transformada pelas usinas em biodiesel desde 2006. De acordo com a Agência Nacional do Petróleo (ANP), com representatividade de 13%, o subproduto é a segunda matéria-prima usada na produção do biocombustÃvel no paÃs, atrás do óleo de soja, com 78,52%. Segundo o presidente-executivo da União Brasileira do Biodiesel (Ubrabio), Odacir Klein, sua utilização, financeiramente viável, se mantém estável. Ele lembra que a evolução do mercado de biodiesel como um todo depende da elevação da demanda. Atualmente, no Brasil é obrigatória a adição de 5% ao diesel, embora a capacidade instalada seja suficiente para adicionar o dobro. Empresas de São Paulo lideram a produção.
No Estado, todas as usinas de biodiesel estão adaptadas para usar sebo, mas um empecilho climático limita a expansão. O sebo é sensÃvel ao frio e, quando submetido à baixa temperatura, se torna mais sólido, apresenta alta viscosidade e ponto de entupimento de filtro a frio elevado. Por isso, a orientação técnica para o Estado é de uso máximo de 20% da matéria-prima nos meses de primavera e verão e de até 10% no outono e inverno. Segundo o vice-presidente do Sindicato da Indústria de Biodiesel e BiocombustÃveis do RS (Sindibio), Fábio Magdaleno, no Estado os custos de produção com uso de óleo de soja e sebo praticamente se equivalem. Mesmo com consumo restrito, esse novo nicho colaborou para elevar o preço do resÃduo vendido pelos frigorÃficos, avalia o presidente do Sindicato da Indústria de Carnes e Derivados no Estado, Ronei Lauxen. Nos últimos dois anos, o valor recebido pelos frigorÃficos pelo quilo subiu de R$ 0,05 a R$ 0,10 para entre R$ 0,25 e R$ 0,30.
Em Lins, São Paulo, a JBS entrou no mercado de biodiesel em 2009, ao incorporar as operações da antiga Bertin, pioneira nesta exploração no paÃs. Hoje, a capacidade instalada da usina é de 560,23 metros cúbicos/dia. Apesar de a empresa usar parcela pequena de outras matérias-primas, como soja, o sebo é o insumo principal. A empresa vende toda oferta para a Petrobras, por meio dos leilões realizados pela ANP. De janeiro a setembro deste ano, já entregou 70.790 metros cúbicos. Novos investimentos dependem de maior consumo.
A viabilidade
- De um modo geral, cada bovino abatido rende 21 quilos de sebo, seja macho ou fêmea, e independentemente da raça;
- Considerando a região de IjuÃ, cada quilo de óleo de soja sai por R$ 2,15 para as usinas, enquanto o quilo do sebo custa R$ 2,05 posto na unidade;
- No Estado, o rendimento do sebo bovino por litro é de 94%, enquanto na soja o rendimento sobe para 99%;
- Já em São Paulo, com um quilo de sebo se produz um litro de biodiesel.
/Sindibio/JBS
Atrás de alternativas energéticas, o Brasil tirou do anonimato um produto que já foi de baixÃssimo valor comercial: o sebo bovino. Além de matéria-prima para produtos como sabão e sabonete, a gordura processada por graxarias vem sendo transformada pelas usinas em biodiesel desde 2006. De acordo com a Agência Nacional do Petróleo (ANP), com representatividade de 13%, o subproduto é a segunda matéria-prima usada na produção do biocombustÃvel no paÃs, atrás do óleo de soja, com 78,52%. Segundo o presidente-executivo da União Brasileira do Biodiesel (Ubrabio), Odacir Klein, sua utilização, financeiramente viável, se mantém estável. Ele lembra que a evolução do mercado de biodiesel como um todo depende da elevação da demanda. Atualmente, no Brasil é obrigatória a adição de 5% ao diesel, embora a capacidade instalada seja suficiente para adicionar o dobro. Empresas de São Paulo lideram a produção.
No Estado, todas as usinas de biodiesel estão adaptadas para usar sebo, mas um empecilho climático limita a expansão. O sebo é sensÃvel ao frio e, quando submetido à baixa temperatura, se torna mais sólido, apresenta alta viscosidade e ponto de entupimento de filtro a frio elevado. Por isso, a orientação técnica para o Estado é de uso máximo de 20% da matéria-prima nos meses de primavera e verão e de até 10% no outono e inverno. Segundo o vice-presidente do Sindicato da Indústria de Biodiesel e BiocombustÃveis do RS (Sindibio), Fábio Magdaleno, no Estado os custos de produção com uso de óleo de soja e sebo praticamente se equivalem. Mesmo com consumo restrito, esse novo nicho colaborou para elevar o preço do resÃduo vendido pelos frigorÃficos, avalia o presidente do Sindicato da Indústria de Carnes e Derivados no Estado, Ronei Lauxen. Nos últimos dois anos, o valor recebido pelos frigorÃficos pelo quilo subiu de R$ 0,05 a R$ 0,10 para entre R$ 0,25 e R$ 0,30.
Em Lins, São Paulo, a JBS entrou no mercado de biodiesel em 2009, ao incorporar as operações da antiga Bertin, pioneira nesta exploração no paÃs. Hoje, a capacidade instalada da usina é de 560,23 metros cúbicos/dia. Apesar de a empresa usar parcela pequena de outras matérias-primas, como soja, o sebo é o insumo principal. A empresa vende toda oferta para a Petrobras, por meio dos leilões realizados pela ANP. De janeiro a setembro deste ano, já entregou 70.790 metros cúbicos. Novos investimentos dependem de maior consumo.
A viabilidade
- De um modo geral, cada bovino abatido rende 21 quilos de sebo, seja macho ou fêmea, e independentemente da raça;
- Considerando a região de IjuÃ, cada quilo de óleo de soja sai por R$ 2,15 para as usinas, enquanto o quilo do sebo custa R$ 2,05 posto na unidade;
- No Estado, o rendimento do sebo bovino por litro é de 94%, enquanto na soja o rendimento sobe para 99%;
- Já em São Paulo, com um quilo de sebo se produz um litro de biodiesel.
/Sindibio/JBS
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