Cotaçao da Bolsa

PSI 20 5.721,630 -56,570 -0.98%     DAX Xetra 5.967,200 +52,360 +0,890%     IBEX 35 8.975,500 +32,000 +0,360%     FTSE 100 5.466,360 +62,980 +1,170%     Dow Jones Industrial Average 11.644,490 +166,360 +1,450%     NASDAQ-100 (DRM) 2.371,940 +45,060 +1,940%     S&P 500 INDEX 1.224,580 +20,920 +1,740%     S&P 500 INDEX 1.224,580 +20,920 +1,740%     MIB 30 0,000 N/A N/A     NIKKEI 225 8.747,960 -75,290 -0.85%     Hang Seng Index 18.501,789 -256,021 -1.36%     DJ Euro Stoxx 50 2.355,480 +22,960 +0,980%     BOVESPA 55.030,449 +429,380 +0,790%     AEX 302,410 +5,020 +1,690%     All Ordinaries Index 4.269,000 -37,000 -0.86%     AMEX 555,949 +16,609 +3,080%     BEL20 2.203,040 +22,810 +1,050%     IPC 34.848,422 +263,672 +0,760%     Refresh a cada 5 minutos...

segunda-feira, 5 de dezembro de 2011

Sebo é opção energética

Matéria-prima é a segunda mais usada no país para produção de biodiesel. Frio freia avanço no RS

Atrás de alternativas energéticas, o Brasil tirou do anonimato um produto que já foi de baixíssimo valor comercial: o sebo bovino. Além de matéria-prima para produtos como sabão e sabonete, a gordura processada por graxarias vem sendo transformada pelas usinas em biodiesel desde 2006. De acordo com a Agência Nacional do Petróleo (ANP), com representatividade de 13%, o subproduto é a segunda matéria-prima usada na produção do biocombustível no país, atrás do óleo de soja, com 78,52%. Segundo o presidente-executivo da União Brasileira do Biodiesel (Ubrabio), Odacir Klein, sua utilização, financeiramente viável, se mantém estável. Ele lembra que a evolução do mercado de biodiesel como um todo depende da elevação da demanda. Atualmente, no Brasil é obrigatória a adição de 5% ao diesel, embora a capacidade instalada seja suficiente para adicionar o dobro. Empresas de São Paulo lideram a produção.

No Estado, todas as usinas de biodiesel estão adaptadas para usar sebo, mas um empecilho climático limita a expansão. O sebo é sensível ao frio e, quando submetido à baixa temperatura, se torna mais sólido, apresenta alta viscosidade e ponto de entupimento de filtro a frio elevado. Por isso, a orientação técnica para o Estado é de uso máximo de 20% da matéria-prima nos meses de primavera e verão e de até 10% no outono e inverno. Segundo o vice-presidente do Sindicato da Indústria de Biodiesel e Biocombustíveis do RS (Sindibio), Fábio Magdaleno, no Estado os custos de produção com uso de óleo de soja e sebo praticamente se equivalem. Mesmo com consumo restrito, esse novo nicho colaborou para elevar o preço do resíduo vendido pelos frigoríficos, avalia o presidente do Sindicato da Indústria de Carnes e Derivados no Estado, Ronei Lauxen. Nos últimos dois anos, o valor recebido pelos frigoríficos pelo quilo subiu de R$ 0,05 a R$ 0,10 para entre R$ 0,25 e R$ 0,30.

Em Lins, São Paulo, a JBS entrou no mercado de biodiesel em 2009, ao incorporar as operações da antiga Bertin, pioneira nesta exploração no país. Hoje, a capacidade instalada da usina é de 560,23 metros cúbicos/dia. Apesar de a empresa usar parcela pequena de outras matérias-primas, como soja, o sebo é o insumo principal. A empresa vende toda oferta para a Petrobras, por meio dos leilões realizados pela ANP. De janeiro a setembro deste ano, já entregou 70.790 metros cúbicos. Novos investimentos dependem de maior consumo.

A viabilidade

- De um modo geral, cada bovino abatido rende 21 quilos de sebo, seja macho ou fêmea, e independentemente da raça;

- Considerando a região de Ijuí, cada quilo de óleo de soja sai por R$ 2,15 para as usinas, enquanto o quilo do sebo custa R$ 2,05 posto na unidade;

- No Estado, o rendimento do sebo bovino por litro é de 94%, enquanto na soja o rendimento sobe para 99%;

- Já em São Paulo, com um quilo de sebo se produz um litro de biodiesel.

/Sindibio/JBS

Nenhum comentário:

Postar um comentário

8pt; text-decoration: none">